O planeta Terra à noite. Ver o mundo a partir de cima. Por todo o lado, o homem transformou a paisagem, ilustrada pelas luzes das cidades que brilham na escuridão. O planeta Terra visto das suas profundezas. Um balanço selvagem e espontâneo. Instintivo. Orgânico. Ce qu'il reste não é uma ruptura. É uma mudança de perspectiva, um movimento de ir e vir de um lado para o outro, lembrando que o ambiente moldado e controlado pelo homem é também frágil e efémero. Algumas coisas morrem, outras aparecem. Transformar. Regenerar. Ce qu'il reste é um convite à viagem - no espaço, mas também no tempo. Uma viagem através de imagens criadas com uma câmara. A própria fotografia é frequentemente considerada como o media do efémero. Mostra-nos um momento que pertence inegavelmente ao passado, revela as nossas passagens numa realidade em constante mudança, como uma cicatriz que recorda as nossas memórias: uma metáfora da fragilidade da existência humana. Mas é esse mesmo suporte que acaba por conduzir o espectador a uma mudança de perspectiva, mostrando o que fica quando os mesmos espaços são deixados por aqueles que os habitaram, com as suas histórias individuais e memórias colectivas. Longe do tumulto dos homens, nas profundezas silenciosas da terra, um movimento imperturbável e majestoso continua a sua lenta trajectória empreendida há centenas de milhões de anos. E talvez para a eternidade.
Título: Ce qu’il reste
Edição: 1ª
Número de páginas: 52
Ano: 2019
País: Portugal
Cidade: Lisboa
ISBN/ISSN: 978-989-99063-9-6
Largura (mm): 200
Altura (mm): 280
Tipo de capa: Capa flexível
Tipos de encadernação: Brochura
Tipos de impressão: OffsetSerigrafia