"A narrativa visual deste fascículo, constituída por fragmentos de diferentes edifícios construídos em Moçambique durante o Estado Novo, tem como base o arquivo fotográfico de Elisiário Miranda. Este arquivo tem sido desenvolvido no âmbito da sua investigação pós-colonial, assente na premissa de que a arquitectura moderna era, para lá da representação do poder do Estado colonial, um veículo de segregação racial e social comprovada na leitura de programas e desenhos. Esta “culpa da arquitectura” poder-nos-ia, por si só, inibir de o publicar não fosse a questão uma pouco mais complexa. Revemo-nos em Michel Foucault quando afirma que não há propriamente uma máquina opressora ou libertadora, defendendo, simultaneamente, que a mesma arquitectura pode servir diferentes propósitos (por exemplo, as qualidade panóticas do Familistère de Guise poderiam igualmente servir de prisão) e, neste sentido, culpar a arquitectura do que quer que seja é desconsiderar que "a garantia de liberdade só existe com uma prática de liberdade" (...)" Pedro Bandeira, 2019
Título: Maningue nice
Edição: 1ª
Ano: 2019
País: Portugal
Cidade: Porto
ISBN/ISSN: 978-989-54156-6-3
Largura (mm): 170
Altura (mm): 230
Tipo de capa: Capa flexível
Tipos de encadernação: Agrafos na Espinha
Tipo de capa externa: Capa Arquivo
Tipos de impressão: Offset